Este Blog é voltado especialmente para a formação dos Servidores do Altar da Paróquia da SS. Trindade da Arquidiocese de Belém, bem como para todos aqueles que amam a Santa Madre Igreja Católica e sua Sacratíssima Liturgia.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Aviso Importante

Neste Sábado (06/02/2010) haverá reunião onde serão dados todos os informes referentes a este início de ano, Não faltem!

Horário:15:30h

sábado, 2 de janeiro de 2010

Um Pouco da História de Nossa Igreja de Belém - Arcebispos

1º. DOM JOSÉ MARCONDES HOMEM DE MELO (1906)

Sacerdote paulista, Mons. José Marcondes Homem de Melo foi nomeado para primeiro Arcebispo da nova Arquidiocese. Foi sagrado em Roma, na capela do Colégio Pio Latino-americano, pelo Cardeal Merry del Val, em junho de 1906, tendo como consagrantes Dom Francisco do Rêgo Maia e Dom José de Camargo Barros, Bispo eleito de São Paulo. Ainda em Roma, tomou posse da Arquidiocese por procuração. Ao regressar ao Brasil, o navio "Sírio", em que viajava, naufragou na costa da Espanha, próximo ao Cabo de Palos, no dia 04 de agosto de 1906, perecendo o Bispo de São Paulo. Dom Marcondes foi salvo por um barco pesqueiro. De volta ao Brasil, renunciou ao governo da Arquidiocese de Belém.

2º. DOM SANTINO MARIA DA SILVA COUTINHO (1907-1923)

Com a renúncia de Dom Marcondes, foi nomeado para Belém o paraibano Dom Santino Maria Coutinho, que tinha sido eleito para o Maranhão. Foi sagrado no dia 19 de março de 1907, na capela do Colégio Pio Latino-americano, pelo Cardeal Joaquim Arcoverde. No seu governo, foram criadas diversas Prefeituras Apostólicas, elevadas mais tarde a Prelazias e Dioceses, como a do Alto Rio Negro, Alto Solimões e Tefé. Em 1911, promoveu a criação da Diocese de Conceição do Araguaia. Aprovou a fundação, por Dom Amando Bahlmann, de Santarém, da Congregação das Irmãs da Imaculada Conceição, em novembro de 1907. Recebeu, em abril de 1911, as Irmãs Franciscanas Missionárias de Mary Hill, que foram trabalhar em Óbidos, e, no mesmo ano, os Missionários da Sagrada Família, para trabalhar no Amapá. Em Belém, criou as paróquias de São Raimundo Nonato, São José de Queluz, São José de Castanhal e Igarapé-Açu. Restaurou as igrejas das Mercês e da Trindade. Fundou o jornal "A Palavra" e o "Centro Católico". Em julho de 1923, foi transferido para a recém criada Arquidiocese de Maceió. Faleceu em 1939.

3º. DOM JOÃO IRINEU JOFFLY (1924-1931)

Também paraibano como o seu antecessor, foi, antes de vir para Belém, Bispo Auxiliar em Recife e Diocesano em Manaus. Tomou posse em Belém no dia 23 de janeiro de 1925. No seu governo, reformou o cabido metropolitano, fechou o Seminário, regularizou as relações com a Santa Casa e procurou disciplinar o Círio de Nazaré, o que lhe causou sérios transtornos. Promoveu a criação das Prelazias do Marajó e Gurupi. Trouxe para a Arquidiocese os Padres Lazaristas e Salesianos e as Irmãs do Bom Pastor. Por esse tempo, os Irmãos Maristas deixaram o colégio Nossa Senhora do Carmo, e as Irmãs Filhas de Sant'ana fecharam o seu noviciado , transformando-o num colégio (Santa Rosa). Renunciou em 1931. Faleceu no Asilo São Luis, Rio de Janeiro, a 25 de abril de 1950.

4º. DOM ANTÔNIO DE ALMEIDA LUSTOSA (1932-1941)

Mineiro de São João-Del-Rei, o salesiano Dom Antônio de Almeida Lustosa chegou a Belém no dia 15 de dezembro de 1932, após ter sido Bispo em Uberaba e Corumbá. Foi sagrado no dia 11 de fevereiro de 1925. Aqui chegando, reabriu o Seminário Nossa Senhora da Conceição, confiando a sua administração aos padres salesianos. Percorreu todo o vasto território da Arquidiocese, anotando suas impressões e publicando-as no extinto jornal "A Palavra", mais tarde reunidas num volume com o título "À Margem da Visita Pastoral". De sua pena sairam ainda muitos outros livros, entre os quais uma preciosa biografia de "Dom Macedo Costa, Bispo do Pará". Criou as paróquias de Santa Teresinha do Menino Jesus (Jurunas), Santa Cruz (Marco), São João Batista (Icoaraci), São Francisco do Pará e São Jorge do Prata. Trouxe para Belém os Padres Crúzios e as Irmãs Filhas de Maria Auxiliadora, Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, Capuchinhas, Angélicas de São Paulo e as Irmãs de Nossa Senhora da Anunciação. Em 1941, foi transferido para a Arquidiocese de Fortaleza, que governou até 1963. Ao renunciar, transferiu-se para o Instituto Salesiano de Carpina, PE, onde faleceu no dia 14 de agosto de 1974, cercado de veneração. A Arquidiocese de Fortaleza abriu, recentemente, o processo canônico para sua canonização.

5º. DOM JAIME DE BARROS CÂMARA (1942-1943)

O catarinense Jaime de Barros Câmara nasceu em 1894. Instalou a Diocese de Mossoró, RN, e foi o seu primeiro Bispo. Em 1941, foi transferido para Belém, tomando posse no dia 1º de janeiro do ano seguinte. Aqui não demorou muito, transferido em 1943 para a Arquidiocese do Rio de Janeiro, sendo mais tarde eleito Cardeal da Santa Igreja. Enquanto Arcebispo no Pará, promoveu a reforma completa dos estudos do Seminário, adquiriu o Colégio Progresso Paraense (atual colégio Santa Maria de Belém), a sede do Círculo Operário e o Seminário Ferial (atual Centro de Treinamento Tabor, em Icoaraci). Benzeu a Igreja de Nossa Senhora Aparecida, no bairro da Pedreira, e sagrou o Prelado de Marajó, Dom Gregório Alonso da Purificação, em 11 de julho de 1943, quatro dias após ter sabido da sua transferência para a capital federal. Já Cardeal, dizia ele de Belém: "Lembro-me com ternura da santa alegria demonstrada pelos hansenianos de Marituba e do Prata. As lágrimas me vêm aos olhos quando recordo a simplicidade e afeto com que me acolhiam os humildes caboclos nas visitas pastorais".

6º DOM MÁRIO DE MIRANDA VILAS-BOAS (1944-1956)

Gaúcho de Rio Grande, Dom Mário de Miranda Vilas-Boas nasceu no dia 04 de agosto de 1903. Estudou em Sergipe, terra de seus pais. Membro fundador da Academia Sergipana de Letras. Ainda muito novo, foi eleito e sagrado Bispo de Garanhuns. Sua primeira Carta Pastoral é considerado documento básico para o movimento litúrgico no Brasil. Foi Arcebispo de Belém de 05 de janeiro de 1945 a maio de 1957. Criou as paróquias de Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, São Pedro e São Paulo, São Judas Tadeu, todas em Belém, e São Francisco de Assis, em Nova Timboteua, e Nossa Senhora das Graças, em Ananindeua. Promoveu a ereção das Prelazias de Macapá e Cametá. No seu governo, vieram para a Arquidiocese os Frades Franciscanos e os Padres Redentoristas, as Irmãs Dominicanas, as Irmãs do Preciosíssimo Sangue, as Irmãs Adoradoras do Sangue de Cristo e as Irmãs Missionárias de Nossa Senhora das Graças. Mas o seu maior feito em Belém foi a celebração do 6º Congresso Eucarístico Nacional, em 1953, no local onde hoje é a Praça Kennedy. Foi um dos sagrantes de Dom Alberto Ramos, eleito Bispo do Amazonas. A pedido do Cardeal Arcebispo de Salvador, foi transferido para a capital baiana, como Arcebispo Coadjutor com direito à sucessão, situação à qual não se adaptou. Renunciou e foi transferido para a Arquidiocese de João Pessoa. Faleceu em Aracaju a 23 de fevereiro de 1968. Seus restos mortais foram trazidos para a Catedral de Belém, onde repousam.

7º. DOM ALBERTO GAUDÊNCIO RAMOS (1957-1990)

O paraense Dom Alberto Gaudêncio Ramos nasceu na capital do Estado, Belém, no dia 30 de março de 1915. Estudou nos Colégios Paes de Carvalho e Nossa Senhora de Nazaré. Cursou Filosofia e Teologia no Seminário da Prainha, em Fortaleza. Foi ordenado sacerdote na Catedral Metropolitana, por Dom Antônio de Almeida Lustosa, a 1º de outubro de 1939. Após a ordenação, o Arcebispo confiou-lhe a direção da "Obra das Vocações Sacerdotais". Foi Secretário de Dom Jaime Câmara e Vigário Geral de Dom Mário de Miranda Vilas-Boas. Aos 33 anos de idade, foi eleito Bispo do Amazonas, e, aos 36, Arcebispo de Manaus. A 09 de maio de 1957, foi nomeado Arcebispo de Belém, sendo o segundo paraense e o único belenense a ocupar o sólio arquiepiscopal de Belém. No seu governo, foram criadas as paróquias de São Francisco de Assis, Santo Antônio de Lisboa, Santo Antônio do Tauá, Santo Antônio de Pádua (Coqueiro), São Jorge da Marambaia, Cristo Rei (Ananindeua), Nossa Senhora de Nazaré (Magalhães Barata), Sagrado Coração de Jesus (Peixe-Boi), Jesus Ressuscitado, Nossa Senhora de Fátima (Belém), Menino Deus, São Sebastião (Belém), Nossa Senhora Aparecida, Santa Luzia, Nossa Senhora do Bom Remédio, Nossa Senhora Auxiliadora, São João Batista (Primavera), Nossa Senhora do Rosário (Colares). Foram restabelecidas as paróquias de São Vicente Ferrer (Inhangapi), Benfica, Benevides, Santarém Novo, Quatipuru. Foram construídos o Seminário São Pio X, o Centro de Treinamento Tabor, o Edifício Paulo VI (onde funcionam atualmente a Cúria Arquidiocesana e o Centro de Pastoral da Arquidiocese), a Casa da Juventude, o Centro Dom Lustosa e o Lar Sacerdotal, além de inúmeras casas e salões paroquiais. Reabriu o Seminário Maior, em 1981, com os cursos de Filosofia e Teologia, funcionando no Seminário São Pio X, em Ananindeua. Vieram para a Arquidiocese no seu período os Padres Xaverianos, os Oblatos de Maria Imaculada, os Joseleitos de Cristo e os Padres da Divina Providência, as Irmãs Franciscanas do Sagrado Coração, as Irmãs de Nossa Senhora Menina, as Missionárias de Jesus Crucificado, as Missionárias da Imaculada Conceição, as Irmãs Salesianas dos Sagrados Corações, as Irmãs Missionárias Agostinianas, as Irmãs Missionárias de Santa Teresinha, as Irmãs de Maria Imaculada, as Irmãs Dorotéias dos Sagrados Corações, as Irmãs Apóstolas do Sagrado Coração e as Irmãs Franciscanas de São José. Foi co-fundador da Congregação das Missionárias do Coração Eucarístico. Teve como Bispos Auxiliares Dom Milton Corrêia Pereira (depois Bispo de Garanhuns e Manaus), Dom Alano Maria Pena (depois Bispo de Marabá, atualmente em Nova Friburgo, RJ) e Dom Tadeu Henrique Prost (falecido em 02.08.94, Chicago), e como Arcebispo Coadjutor com direito à sucessão Dom Vicente Joaquim Zico. Era membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará e do Conselho Estadual de Cultura. Dom Alberto Ramos renunciou ao governo pastoral da Arquidiocese de Belém no dia 04 de julho de 1990, passando a residir numa casa que lhe foi preparada na Rua Aristides Lôbo. Com a saúde abalada, internou-se no Hospital da Venerável Ordem Terceira, onde veio a falecer no dia 26 de novembro de 1991. Seu corpo foi velado na Basílica de Nazaré e, no dia seguinte, trasladado para a Catedral Metropolitana, onde foi sepultado no lado direito do altar de Nossa Senhora das Graças, como era seu desejo.

8º. DOM VICENTE JOAQUIM ZICO (1990-2004)

Dom Vicente Joaquim Zico, nasceu na cidade mineira de Luz, no dia 27 de janeiro de 1927, quinto filho do casal Belchior Joaquim Zico e Anita Maria de Jesus. Lazarista, entrou na Congregação da Missão no dia 02 de fevereiro de 1943, fazendo profissão religiosa em 19 de março de 1945. Estudou no Seminário do Caraça, MG, e Petropolis, RJ. Foi ordenado sacerdote em 1950, a 22 de outubro, por Dom Jorge Marcos de Oliveira. Cursou o Instituto Superior de Pastoral Catequética, em Paris, França. Formou-se em Filosofia e Psicologia. Antes do episcopado, foi Professor na Escola Apostólica, Professor, Prefeito de Disciplina, Diretor Espiritual e Reitor do Seminário Maior da Prainha, em Fortaleza, Professor do Seminário de São Luiz do Maranhão e do Seminário da Congregação, em Petrópolis, Assistente Provincial e Secretário da Província Brasileira da Congregação da Missão. Era Conselheiro Geral da Congregação, em Roma, quando foi designado pelo Papa João Paulo II para Arcebispo Coadjutor de Belém, no dia 05 de dezembro de 1980. Foi sagrado Bispo na Basílica de São Pedro, no dia 06 de janeiro de 1981, pelo próprio Papa. Tomou posse em Belém, na Catedral, no dia 08 de março do mesmo ano. Por 8 anos, foi o Bispo Responsável pela Dimensão Missionária da CNBB. Foi Presidente do Regional Norte 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e conselheiro da Pontifícia comissão para a América Latina. Tem sua renúncia aceita no dia 13 de outubro de 2004, quando o Santo Papa João Paulo II nomeou o seu substituto que tomou posse no dia 8 de dezembro de 2004.

9º. DOM ORANI JOÃO TEMPESTA (2004-2009)

Como padre e monge cisterciense, Dom Orani João Tempesta passou a maior parte de sua vida na cidade paulista de São José do Rio Pardo, onde nasceu em 23 de junho de 1950. Filho de Achiles Tempesta e Maria de Oliveira, já falecidos, é o caçula entre nove irmãos. O desejo pela unidade sempre foi vertente em sua caminhada eclesial, chegando a adotá-la como lema episcopal "Que todos sejam um" ao ser eleito bispo pelo Papa João Paulo II, em 26 de fevereiro de 1997.

Foi o terceiro bispo da Diocese de São José do Rio Preto, no Estado de São Paulo, governando de 1º de maio de 1997 até 13 de outubro de 2004, quando foi eleito para a Arquidiocese de Belém, no Estado do Pará, assumindo seu ministério em 8 de dezembro do mesmo ano.

Ainda como Bispo de São José do Rio Preto, recebeu a missão de Administrador da Abadia Territorial de Clavaral, pertencente à Ordem Cisterciense de Casamari, em Claraval – MG, de 22 de maio de 1999 a 11 de dezembro de 2002.

Entre suas inúmeras iniciativas à frente da Igreja Particular de São José do Rio Preto, composta por 87 comunidades paroquiais, mais de 100 presbíteros e quase 1 milhão de fiéis, Dom Orani aprovou dois Planos de Pastorais com projetos que revolucionaram a caminhada da diocese como a Rede de Comunidades, o mutirão de evangelização de casa em casa. Com a finalidade de preparar presbíteros, religiosos e leigos para a ação pastoral, implantou um programa permanente de formação, como cursos, retiros e reciclagem. Em 1998, teve início o curso de Teologia, especialmente para os leigos. Em resposta às várias necessidades da diocese, criou várias pastorais, entre as quais: a dos Políticos, dos Empresários, do Menor, da Mulher Marginalizada, da Esperança e Exéquias, da Educação e Ensino Religioso, dos Casais de Segunda União, a Político Social e de Comunicação. No ano 2000, instalou a Comissão Diocesana de Bens Culturais da Igreja e criou a Comissão de Justiça e Paz, como organismo diocesano para promover e lutar em favor dos direitos humanos a partir da perspectiva ética do Evangelho. Depois de um longo tempo de preparação instalou na diocese o Diaconato Permanente e um Tribunal Eclesiástico de Primeira Instância.

A criação recorde da Diocese de Catanduva, ocorrida no dia 9 de fevereiro de 2000, deve-se em grande parte ao empenho de Dom Orani que, além de autorizar o início do processo, levou-o pessoalmente ao Vaticano. Pelo seu carisma especial de comunicador, coordenou de 1998 a 2003 o Setor de Comunicação do Regional Sul 1 (Dioceses paulistas). Exerceu a missão de Visitador Apostólico do Mosteiro de São Bento, em Olinda – PE de 2001 a 2002.

Em 2004, conquistou do Governo Federal o funcionamento de uma rádio interativa de freqüência modulada. Entre os eventos diocesanos que convocou, podemos lembrar: os 70 anos da diocese, o envio de oito mil evangelizadores para o mutirão de Evangelização de casa em casa, o Terceiro Congresso Eucarístico, as celebrações do Ano Santo Jubilar, os 150 anos de fundação da cidade de São José do Rio Preto e as comemorações do Centenário da Coroação de Nossa Senhora Aparecida. Como bispo, ordenou 30 novos presbíteros e criou 27 comunidades paroquiais, entre paróquias, quase-paróquias, reitorias, santuários diocesanos e uma do Rito Maronita. É cidadão honorário das cidades paulistas de São José do Rio Preto, Catanduva, Tanabi, Mirassolândia e Bálsamo. Desde 8 de maio de 2003 faz parte do Conselho Episcopal de Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, exercendo o cargo de presidente nacional da Comissão Episcopal para a Cultura, Educação e Comunicação Social; e também do Conselho Superior da Redevida de Televisão e do Conselho de Comunicação do Senado Federal.

Em 13 de outubro de 2004 é eleito arcebispo metropolitano de Belém–PA, tomou posse em 8 de dezembro de 2004, recebendo assim o cargo de Presidente da Fundação Nazaré de Comunicação em Belém(PA) e Presidente do Centro de Cultura e Formação Cristã em Ananindeua (PA). Em maio de 2007 foi eleito Delegado pela CNBB para a Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, realizado em Aparecida (SP).

Em 27 de fevereiro de 2009 é eleito Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro e permanece Administrador da Arquidiocese de Belém até o dia 19 de abril de 2009, onde toma posse na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.

10º. DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA

É mineiro de Nova Lima. Ele nasceu em 26 de maio de 1950. Seus estudos filosóficos e teológicos foram feitos no Seminário Coração Eucarístico de Jesus e PUC-MINAS, em Belo Horizonte (MG). Além desses, ele estudou Espiritualidade Sacerdotal, no Instituto Mystici Corporis – Fascati, em Roma. Sua ordenação episcopal aconteceu em sua terra natal, no dia 06 de julho de 1991. Ele está à frente da arquidiocese de Palmas desde 31 de maio de 1996. Como bispo, ele já foi auxiliar da arquidiocese de Brasília (DF) [1991 – 1996]; vice-presidente do Conselho Administrativo da Fundação Popularum Progressio; assistente nacional da Renovação Carismática Católica [1994 – 2000]; membor da Comissão Episcopal do DEVYM/Celam [1995 – 1999]; presidente do Regional Centro-Oste [2003 – 2007]; e delegado da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e Caribe, em 2007.

No dia 30 de Dezembro de 2009, o Santo Padre o Papa Bento XVI nomeou Dom Alberto Taveira arcebispo metropolitano de Santa Maria de Belém do Grão-Pará, em substituição a Dom Orani João Tempesta transferido para a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro em abril do mesmo ano. Sua mudança para a capital paraense acontecerá no dia 23 de março e, no dia 25, quando a Igreja celebra a anunciação do nascimento de Jesus, será realizada a cerimônia de posse. Seu lema episcopal é “Para a Vida do Mundo”.

Um Pouco da História de Nossa Igreja de Belém - Bispos

1º DOM FREI BARTOLOMEU DO PILAR (1724-1733)

Carmelita português, nasceu a 21 de setembro de 1667. Foi nomeado em 1719 e sagrado no ano seguinte. Chegou a Belém em 1724. Ao tomar posse na igreja de São João Batista (a catedral ainda não havia sido construída), teria exclamado: "Catedral de palha, bispo de papelão". Nos anos de seu governo, residiu no convento do Carmo. Faleceu no dia 09 de abril de 1733 e foi sepultado no altar-mór da catedral, embora sua lápide mortuária encontre-se na sacristia da igreja de Santo Alexandre, onde se lê: "semel sepultus, bis mortuus". Suas principais realizações foram a instalação da Diocese e do Cabido Diocesano, em 1724, a criação da segunda paróquia de Belém, Sant'ana da Campina (1727) e a fundação do colégio dos Jesuítas, na Vigia (1731).

OBS. Após a morte de Dom Bartolomeu, o bispado ficou vacante durante 6 anos, quando foi nomeado o segundo bispo.

2º DOM FREI GUILHERME DE SÃO JOSÉ (1739-1748)

Nasceu em Lisboa, em 1686, e pertencia à Ordem de Cristo de Tomar. Sagrado em 1738, tomou posse no ano seguinte. Renunciou ao bispado e retornou a Portugal, em 1748. No seu governo, foi inaugurado o convento de Santo Antônio (1743) e iniciada a construção da Catedral (1748). O padre Gabriel Malagrida, por iniciativa particular, fundou um Seminário em Belém (fechado posteriormente).

3º DOM FREI MIGUEL DE BULHÕES (1749-1760)

O dominicano Dom Miguel de Bulhões era natural de Aveiro, Portugal, e já estava designado para Málaca, quando foi transferido para o Pará. Aqui, designou o rio Gurupi como limite entre o Pará e o Maranhão, criou a Vigararia Geral do Rio Negro, inaugurou a capela da Venerável Ordem Terceira, benzeu a Catedral, assistiu à saída dos jesuítas e franciscanos da Congregação da Beira e criou diversas paróquias, em substituição às aldeias dos missionários expulsos: Sant'ana de Igarpé-Miri, Monte Alegre, Santarém, Muaná, Boim.

4º DOM FREI JOÃO DE SÃO JOSÉ E QUEIROZ (1760-1763)

Nasceu em Matosinhos, próximo à cidade do Porto, Portugal, a 12 de agosto de 1711. Era beneditino. Veio para o Pará em 1760 e aqui passou apenas quatro anos. Criou a paróquia da Vigia e inaugurou a igreja de Sant'ana. Caiu no desagrado do governo português, devido a seus escritos críticos, e, por isso, foi desterrado para Portugal, falecendo no dia 15 de agosto de 1764 no convento de São João de Pendurada, "mosteiro triste, empinado nuns rochedos que se debruçam sobre o Douro". Suas visitas pastorais foram escritas num célebre livro prefaciado por Camilo Castelo Branco.

Obs.: Com o desterro de Dom João, o bispado ficou sede vacante durante 6 anos.

5º DOM FREI JOÃO EVANGELISTA PEREIRA (1772-1782)

Português natural de Gouvães, era membro da Ordem dos Terceiros Franciscanos Regulares. Promoveu o primeiro Sínodo do Pará (e segundo do Brasil) em 1777. Benzeu a capela-mór da nova Catedral e, no seu governo, foi erguida a ermida de Nossa Senhora de Nazaré. Faleceu em Belém no dia 14 de maio de 1782.

6º DOM FREI CAETANO BRANDÃO (1783-1789)

Nasceu na Comarca de Estarreja a 11 de setembro de 1740. Religioso da Ordem Terceira da Penitência, foi sagrado a 02 de fevereiro de1783, chegando ao Pará em outubro do mesmo ano. Governou o bispado durante cinco anos. Entre as suas obras, está a fundação e instalação do primeiro hospital da Amazônia, o "Hospital do Bom Jesus dos Pobres", depois Santa Casa de Misericórdia. Em 1788, foi transferido para a Sede Primacial de Braga, Portugal, onde faleceu a 15 de dezembro de 1805.

7º DOM MANUEL DE ALMEIDA DE CARVALHO (1794-1818)

Foi o último bispo português nomeado para Belém e o primeiro padre secular a exercer a função nessa diocese. Dom Manuel nasceu em Vizeu, Portugal, no dia lº de janeiro de 1747, e foi sagrado a 15 de agosto de 1791. Era doutor em cânones pela Universidade de Coimbra. No seu governo, criou algumas irmandades e dedicou-se ao recolhimento dos órfãos, confiou a igreja de Santo Alexandre à Irmandade da Misericórdia e criou as paróquias de Parintins e Maués, no Amazonas. Escreveu inúmeras Cartas Pastorais. Faleceu em Belém no dia 30 de junho de 1818.

8º DOM ROMUALDO DE SOUSA COELHO (1821-1841)

O primeiro paraense e um dos primeiros brasileiros a ascender ao episcopado. Era natural de Cametá, onde nasceu a 07 de fevereiro de 1762. Apresentado por Dom João VI, foi aceito para bispo pelo papa Pio VII. Sagrado a 1º de abril de 1821, governou a diocese durante 20 anos. No seu governo, enfrentou graves problemas sociais e políticos, como a Cabanagem. À época, impediu que os revolucionários incendiassem Belém. Acompanhou os anseios de libertação do povo brasileiro e, tendo proclamado a adesão do Pará à independência, presidiu a primeira Junta Governativa da Província. Propôs a criação do bispado do Amazonas e criou as paróquias de Moju, Inhangapi, Trindade e Marapanim. Faleceu santamente em Belém a 15 de fevereiro de 1841. Foi sepultado na Catedral Metropolitana de Belém.

9º DOM JOSÉ AFONSO DE MORAES TORRES (1844-1858)

Brasileiro do Rio de Janeiro, no seu governo preocupou-se principalmente com a formação do clero voltado para as questões pastorais. Fundou, para isso, seminários em Cametá, Óbidos e Manaus. Criou as paróquias de Bujaru, Breves, Andirá, Mocajuba, Carmo de Tocantins e Santo Ângelo de Tauapessaçu. Faleceu em 1865.

10º DOM ANTÔNIO DE MACEDO COSTA (1860-1890)

Indicado para o episcopado pelo paraense Dom Romualdo de Seixas, à época Arcebispo da Bahia e Primaz do Brasil, foi nomeado bispo ainda muito jovem. Baiano, fez os seus estudos na Europa, França e Itália, onde se doutorou em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Gregoriana. Chegou ao Pará a 28 de maio de 1861. O seu ministério no Pará foi marcado pela "Questão Religiosa". Foi preso e condenado a quatro anos de prisão com trabalhos forçados por crime de sedição, juntamente com Dom Vital Maria Gonçalves de Oliveira, bispo de Olinda e Recife. Nesse mesmo período, foi também preso o governador da Diocese, cônego Sebastião Borges de Castilhos. Nessa época, foi grande a campanha difamatória contra a Igreja. Anistiado, Dom Antônio voltou a Belém em 1876, continuando seu pastoreio até quando foi transferido para o Arcebispado da Bahia, com o título de Primaz do Brasil. Em Belém, para transformar a situação do clero, valorizou os seminários, melhorou sua disciplina e fortaleceu os estudos, chegando a mandar diversos seminaristas à Europa para estudos eclesiásticos. Com apenas 85 padres na diocese, criou novas paróquias: Nazaré, São Pedro do Tocantins, Curralinho, Codajás, Manicoré, Mosqueiro, São Sebastião da Boa Vista, Anajás, Fonte Boa, Remédios, Barreirinha, Bagre, Lábrea, Urucará e Humaitá. Trouxe para o Pará os Padres da Congregação do Espírito Santo, as Irmãs Dorotéias e as Filhas de Sant'ana. Consagrou a diocese ao Sagrado Coração de Jesus, promoveu o Retiro do Clero, o primeiro do Brasil, transferiu o seminário maior para o convento do Carmo, fundou o colégio Santo Antônio, sagrou dom Joaquim Gonçalves de Azevedo, bispo de Goiás e depois Primaz do Brasil. Transferido para a Bahia, faleceu em Barbacena, no dia 20 de março de 1891, antes de ocupar o sólio primacial.

11º DOM JERÔNIMO TOMÉ DA SILVA (1891-1893)

Cearense de Sobral, Dom Jerônimo Tomé da Silva passou pouco mais de dois anos em Belém, ou seja, de fevereiro de 1891 a setembro de 1893, quando foi transferido para a Arquidiocese de Salvador, na Bahia. Era doutor em Teologia, pela Pontificia Universidade Gregoriana de Roma, onde foi ordenado sacerdote (1872) e sagrado bispo (1890), pelo cardeal Rampolla. Sagrou a Catedral Metropolitana. Fato marcante do seu governo foi a criação do Bispado do Amazonas, pelo papa Leão XIII, a 27 de abril de 1892, desmembrado do Pará. Digno de nota o fato de que o primeiro bispo do Amazonas foi um sacerdote do clero paraense, Dom José Lourenço da Costa Aguiar.

12º DOM ANTÔNIO MANUEL DE CASTILHO BRANDÃO (1895 - 1901)

Alagoano, nasceu em Paulo Afonso em 1849 e foi sagrado bispo em 1894. Ao assumir a Diocese de Belém, encontrou-a submersa em dificuldades, principalmente financeira e pastoral. Para suprir as necessidades do Bispado, construiu algumas casas para a manutenção do Seminário. A seu pedido, chegaram para ajudá-lo na Diocese os Padres Agostinianos Recoletos (07.7.1899) e as Filhas de Sant'ana. No seu governo, foi fundada a Colônia do Prata, em setembro de 1898, e os Padres Agostinianos assumiram a "igrejinha" de São João Batista, na Cidade Velha. Em 1901, a pedido, foi transferido para a recém criada Diocese de Maceió.

13º DOM FRANCISCO DO RÊGO MAIA (1902-1906)


Pernambucano, foi secretário de Dom Vital Maria Gonçalves de Oliveira, em Olinda, e, posteriormente, nomeado bispo de Petrópolis. Transferido para o Pará, aqui chegou a 25 de março de 1902. Em abril de 1906, renunciou ao bispado, passando a residir em Roma até 1928, ano de sua morte. No seu governo, vieram para o Pará as Irmãs Dominicanas, que foram para Conceição do Araguaia, em 1902; em abril de 1903, chegaram os Irmãos Maristas, que assumiram a direção de um colégio no antigo Convento do Carmo; em agosto desse mesmo ano, chegaram os primeiros padres barnabitas, que assumiram a direção do Seminário de Belém; no dia 07 de outubro desse ano, chegaram as Irmãs de Santa Catarina. Em dezembro de 1904, aprovou a fundação da Congregação das Irmãs Terceiras Regulares Capuchinhas, que foram trabalhar na missão capuchinha do Prata. Pleiteou e conseguiu a criação da Prelazia de Santarém, a 21 de dezembro de 1903, desmembrada do território de Belém, cujo primeiro Bispo foi o pároco de Nazaré, Cônego Frederico Benício de Souza Costa.

Obs.: Dom Francisco do Rêgo Maia renunciou em abril de 1906, e no dia 1º de maio desse mesmo ano Belém foi elevada, pelo papa São Pio X, a Sede Arquiepiscopal, tornando-se a terceira Arquidiocese do Brasil, precedida somente de Salvador e Rio de Janeiro. Desde a renúncia de Dom Francisco à posse do segundo Arcebispo, Belém foi administrada pelo Mons. João Muniz.