Este Blog é voltado especialmente para a formação dos Servidores do Altar da Paróquia da SS. Trindade da Arquidiocese de Belém, bem como para todos aqueles que amam a Santa Madre Igreja Católica e sua Sacratíssima Liturgia.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Fiéis Defuntos

“Todos os que são de Cristo e têm o Seu Espírito, estão unidos numa só Igreja e ligados uns aos outros n'Ele. E assim, de modo nenhum se interrompe a união dos que ainda caminham sobre a terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo”[1]. Deste modo como somos todos um em Cristo a Santa Igreja desde seu período primitivo fomentou a oração aos nossos irmãos defuntos para que pudessem ser redimidos de suas culpas e também pudessem interceder por nós a Deus.

Outro aspecto relacionado a oração pelos mortos são os exemplos por eles deixados, pois a “vida daqueles que fielmente seguiram a Cristo, é um novo motivo que nos entusiasma a buscar a cidade futura (cfr. Hebr. 14,14; 11,10) e, ao mesmo tempo, nos ensina um caminho seguro, pelo qual, por entre as efêmeras realidades deste mundo e segundo o estado e condição próprios de cada um, podemos chegar à união perfeita com Cristo”[2]

Sendo assim celebremos de modo especial este momento, não apenas como uma rememoração ou um reavivamento da tristeza da perda dos que amamos, mas uma celebração da certeza que em meio ao luto há Cristo, e onde há Cristo há ressurreição e vida.
Missas na Paróquia da SS. Trindade: Às 9h e às 18h
Missas no Cemitério da Soledade: A partir das 8h (Santa Missa no Rito Extraordinário - Tridentino)

* por João Antônio Lima
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Notas

[1] Conc. V. II, Constituição Lumem Gentium, nº 49, 1964
[2] Ibidem

A Missa: Centro da Vida da Igreja

Liturgia é simultaneamente a meta para a qual se encaminha a ação da Igreja e a fonte de onde emana toda a sua força. (SC 10)

Hoje o tema que nos é proposto é o estudo da missa enquanto centro da vida da Igreja, para começo de conversa devemos nos lembrar da idéia da Igreja como o Corpo Místico de Cristo, vimos que como um corpo há necessidade de algo que o alimente, algo que o nutra, esta função é exercida pelos sacramentos e de modo particular e especial pela eucaristia, de fato “no santíssimo sacramento da Eucaristia estão ‘contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue juntamente com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo’ . ‘Esta presença chama-se 'real' não por exclusão, como se as outras não fossem 'reais', mas por antonomásia, porque é substancial e porque por ela Cristo, Deus e homem, se toma presente completo.’”[1].
Outro aspecto importante acerca da eucaristia é sua dimensão de unidade, de fato somos muitos e muito diferentes um dos outros, por outro lado nos sentamos lado a lado para partilhar do mesmo pão e da mesma refeição, “através da partilha, cria-se comunhão. No pão repartido, o Senhor distribui-se a si próprio”[2] é este pão que alimenta e nos dá força na caminhada, notamos aqui a dimensão católica própria da Igreja, de fato nossa religião está espalhada por toda a terra, por outro lado o pão que é partido no Japão é o mesmo que aqui partilhamos, como se todos os habitantes da terra sentassem ao redor da mesma mesa e dela se nutrissem para cumprir sua missão de cristãos.
Deste modo vemos que a eucaristia é também um ponto de partida, ora em todas as atividades que fazemos precisamos antes de mais nada de alimento, e o alimento do nosso peregrinar ao céu é a Eucaristia, é a eucaristia que nos nutre e nos fortalece na caminha pelas veredas do senhor, é a eucaristia que nos santifica pois nos tornamos um com aquele que morreu por nós a fim de nos santificar de tal modo que “a Eucaristia é Cristo que se dá a nós, edificando-nos continuamente como seu corpo”[3], sendo assim a eucaristia é também o cume da nossa vida de cristão, afinal é para ele que caminhamos e se nossa caminhada é empreendida com retidão cumprimos a vontade que Deus tem para cada um de nós e glorificamos deste modo a ele.
E por fim o último ponto a se salientar é a Eucaristia enquanto prefiguração do céu, de fato caminhamos para algo maior do que nossa vida aqui na terra, somos “estrangeiros e peregrinos “ (1 Pd 2, 11) para uma realidade perfeita e eterna, deste modo a eucaristia é como nosso referencial pois “o banquete eucarístico é uma antecipação real do banquete final”[4] que partilharemos no céu na presença de Deus e de seus santos.

* por João Lima
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Notas

[1] CIC, 1374.
[2] Bento XVI, Homilia da Santa Missa em Coena Domini, 2009.
[3] Bento XVI, Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis, 14.
[4] Ibidem, 31.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A Missa: Renovação do Sacrifício da Cruz

“O sacrifício incruento do altar, por sua natureza, não possui diferença alguma do sacrifício da cruz (Bento XV)”

CENÁCULO - SANTA MISSA

CENAS DA PAIXÃO, MORTE E RESSURREIÇÃO - CENAS DA MISSA

Fonte: Catecismo da Santa Missa