Este Blog é voltado especialmente para a formação dos Servidores do Altar da Paróquia da SS. Trindade da Arquidiocese de Belém, bem como para todos aqueles que amam a Santa Madre Igreja Católica e sua Sacratíssima Liturgia.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Igreja e os Sacramentos

Os sacramentos estão ordenados à santificação dos homens, à edificação do Corpo de Cristo e, enfim, a prestar culto a Deus (SC, 59)

O tema que agora nos é proposto são os sacramentos, e o julgo ser o mais importante de todos os que trataremos, pois é a partir deles que a Igreja é nutrida. Para início de conversa, penso que entender os sacramentos não é algo tão inacessível, ao contrário, é extremamente fácil, pois dizem respeito a momentos muito particulares e inerentes a todas as pessoas, isto é, todos nascemos para a vida, como nascemos para vida da Igreja através do batismo, todos pecamos e nos arrependemos, aí vemos o sacramento da penitência, todos nos alimentamos, e mais ainda precisamos alimentar nossa alma através da eucaristia, todos nós em um determinado momento da vida temos que adquirir maturidade, surge aí o sacramento da crisma, todos nós dedicamos nossa vida a uma causa ou a uma pessoa em especial, aí notamos o sacramento da ordem e do matrimônio, por fim todos ficamos doentes e um dia morreremos, nasce aí a unção dos enfermos.

Com bem sabemos, os sacramentos são sete: Batismo, Penitência, Eucaristia, Crisma, Ordem, Matrimônio e Unção dos Enfermos. E sacramento tem origem na “palavra grega ‘mysterion’ que foi traduzida para o latim por dois termos: ‘mysterium’ e ‘sacramentum’. Na interpretação ulterior, o termo "sacramentum" exprime mais o sinal visível da realidade escondida da salvação, indicada pelo termo ‘mysterium’. A obra salvífica de sua humanidade santa e santificante é o sacramento da salvação que se manifesta e age nos sacramentos da Igreja. Os sete sacramentos são os sinais e os instrumentos pelos quais o Espírito Santo difunde a graça de Cristo, que é a Cabeça, na Igreja, que é seu Corpo. A Igreja contém, portanto, e comunica a graça invisível que ela significa. É neste sentido analógico que ela é chamada de ‘sacramento’” [1]. Deste modo, “Celebrados dignamente na fé, os sacramentos conferem a graça que significam. São eficazes porque neles age o próprio Cristo; é ele quem batiza, é ele quem atua em seus sacramentos, a fim de comunicar a graça significada pelo sacramento. O Pai sempre atende à oração da Igreja de seu Filho, a qual, na epiclese de cada sacramento, exprime sua fé no poder do Espírito. Assim como o fogo transforma nele mesmo tudo o que toca, o Espírito Santo transforma em vida divina o que é submetido ao seu poder.” [2]

Vejamos agora mais especificamente cada um dos sacramentos, começaremos evidentemente pelo batismo, depois discutiremos o sacramento da penitência, o “sacramento dos sacramentos”, o santo Crisma, o sacramento da ordem e do matrimônio e por fim a santa unção dos enfermos.

O batismo é a porta para vida da igreja e para os demais sacramentos, pois insere a todos nós na comunidade dos crentes e na vida nova em Cristo, esta vida nova é expressa no próprio rito do batismo, sobretudo pelo batismo de imersão, onde se imerge a pessoa como para vida antiga de pecado e ao emergi-la já não é mais a mesma, pois nasceu para uma vida nova em Cristo, desceu para o sepulcro da imersão e ressurgiu pura e limpa do pecado. Cabe salientar a figura do sacerdote no rito batismal, pois ele como ministro da igreja é apenas um instrumento da graça de Deus de “modo que, quando alguém batiza, é o próprio Cristo que batiza” [3]

Mas é fato que voltamos a pecar, pois como seres humanos isto faz parte de nossa natureza, por outro lado no sacramento da penitência os fiéis “obtêm da misericórdia de Deus o perdão da ofensa a Ele feita e ao mesmo tempo reconciliam-se com a Igreja, que tinham ferido com o seu pecado, a qual, pela caridade, exemplo e oração, trabalha pela sua conversão.” [4]É fato que tal redenção só foi possível pela gloriosa paixão de nosso senhor Jesus Cristo, e a Igreja a dispensa a seus fiéis para reconciliá-los com Deus.


Para que continuemos em estado de graça há necessidade que algo que nos nutra, de algo que alimente a fome de nossa alma, deste modo como é expresso no Catecismo da Igreja Católica a Eucaristia é chamada “sacramento dos sacramentos”, isto deve-se ao fato de ser “a Eucaristia é ‘fonte e ápice de toda a vida cristã’. ‘Os demais sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e tarefas apostólicas, se ligam à sagrada Eucaristia e a ela se ordenam. Pois a santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa.’”[5], esta presença de Cristo através do véu do pão e do vinho coloca o sacramento da eucaristia em um lugar privilegiado, pois “o modo de presença de Cristo sob as espécies eucarísticas é único. Ele eleva a Eucaristia acima de todos os sacramentos. No santíssimo sacramento da Eucaristia estão ‘contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue juntamente com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo’ . ‘Esta presença chama-se 'real' não por exclusão, como se as outras não fossem 'reais', mas porque é substancial e porque por ela Cristo, Deus e homem, se toma presente completo.’” [6]


Na maturidade há necessidade de um maior compromisso com Cristo e com a Igreja, sendo assim no sacramento da Crisma, os jovens são configurados e consagrados a Cristo de tal modo que passam a ser “mais perfeitamente vinculados à Igreja, enriquecidos com uma força especial do Espírito Santo e deste modo ficam obrigados a difundir e defender a fé por palavras e obras como verdadeiras testemunhas de Cristo”[7], assim como os discípulos o fizeram a partir do episódio de Pentecostes.


“Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne” Gn 2, 24, estas palavras bíblicas falam acerca do matrimônio e da profundidade da relação entre o marido e sua esposa “já não são mais que uma só carne”. De fato “os cônjuges cristãos, em virtude do sacramento do Matrimônio, com que significam e. participam o mistério da unidade do amor fecundo entre Cristo e a Igreja, auxiliam-se mutuamente para a santidade, pela vida conjugal e pela procriação e educação dos filhos, e têm assim, no seu estado de vida e na sua ordem, um dom próprio no Povo de Deus. Desta união origina-se a família, na qual nascem novos cidadãos da sociedade humana os quais, para perpetuar o Povo de Deus através dos tempos, se tornam filhos de Deus pela graça do Espírito Santo, no Batismo. Na família, como numa igreja doméstica, devem os pais, pela palavra e pelo exemplo, ser para os filhos os primeiros arautos da fé e favorecer a vocação própria de cada um.” [8]


No sacramento da ordem, certos membros da Igreja são tirados do meio dela e novamente devolvidos como seus trabalhadores, de modo que “como ministros que, na sociedade dos crentes, possuem o sagrado poder da Ordem para oferecer o Sacrifício, perdoar os pecados e exercer oficialmente o ofício sacerdotal em nome de Cristo a favor dos homens”[9], devem assim ser sinais reais da presença de Cristo em suas comunidades, para tal a busca da santidade deve ser um compromisso diário do sacertode, quer para seu próprio bem, como da comunidade que o tem como modelo, fique aqui claro que o único sacerdote da nova aliança é Cristo, e os padres são apenas participantes de seu sacerdócio.


E por fim a unção dos enfermos, que anteriormente era chamada extrema unção. O Concílio Vaticano II optou por retornar a denominar unção dos enfermos justamente pelo fato que tal sacramento não deve ser recebido só a beira da morte, mas em qualquer momento de enfermidade. “Pela santa Unção dos enfermos e pela oração dos presbíteros, toda a Igreja encomenda os doentes ao Senhor padecente e glorificado para que os salve; mais ainda, exorta-os a que, associando-se livremente à Paixão e morte de Cristo, concorram para o bem do Povo de Deus.”[10]


* por João Antônio Lima
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Notas

[1] CIC, nº 774
[2] Ibidem, nº 1127
[3] Conc. V. II, Constituição Sacrosantum Concilium, nº 7, 1963
[4] Conc. V. II, Constituição Lumem Gentium, nº 11, 1964
[5] CIC, nº 1324
[6] Ibidem, nº 1374
[7] Conc. V. II, Constituição Lumem Gentium, nº 11, 1964
[8] Ibidem
[9] Conc. V. II, Decreto Presbyterorum Ordinis, nº 2, 1965
[10] Conc. V. II, Constituição Lumem Gentium, nº 11, 1964

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Igreja Triunfante, Militante e Padecente

Continuando nossos estudos acerca da natureza da Igreja, trataremos neste texto o seguinte tema: Igreja Triunfante, Militante e Padecente. Mas para tal, lembremo-nos do tema que tratamos na semana passada: Igreja Corpo Místico de Cristo, pois o entendimento de tal característica da Igreja é importantíssimo para a compreensão do tema que ora discutimos, pois “Todos os que são de Cristo e têm o Seu Espírito, estão unidos numa só Igreja e ligados uns aos outros n'Ele. E assim, de modo nenhum se interrompe a união dos que ainda caminham sobre a terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo”[1], de fato amigos pelas águas batismais todos estamos unidos a Cristo e uns aos outros, de tal modo que a Igreja é uma só, quer para aqueles que vivem na “Jerusalém celeste”, quer para aqueles que aqui na terra peregrinam, quer para aquelas almas a purificar-se no purgatório.
Por outro lado, pode-se diferenciar a Igreja em Triunfante, Militante e Padecente, pois “enquanto o Senhor não vier na Sua majestade e todos os Seus anjos com Ele, e, vencida a morte, tudo Lhe for submetido, dos Seus discípulos uns peregrinam sobre a terra, outros, passada esta vida, são purificados, outros, finalmente, são glorificados e contemplam ‘claramente Deus trino e uno, como Ele é’; todos, porém, comungamos, embora em modo e grau diversos, no mesmo amor de Deus e do próximo, e todos entoamos ao nosso Deus o mesmo hino de louvor”[2].

A Igreja Triunfante, como próprio nome pressupõe, é composta por aqueles nossos irmãos mortos, que pela graça de Deus e pela vida que levaram, já gozam das delícias celestes constituindo-se exemplos da vida para nós que ainda peregrinamos e sendo eles dia e noite a contemplar e glorificar a majestade divina, intercedem por nós no céu. Desta Forma “a vida daqueles que fielmente seguiram a Cristo, é um novo motivo que nos entusiasma a buscar a cidade futura e, ao mesmo tempo, nos ensina um caminho seguro, pelo qual, por entre as efêmeras realidades deste mundo e segundo o estado e condição próprios de cada um, podemos chegar à união perfeita com Cristo, na qual consiste a santidade. É sobretudo na vida daqueles que, participando conosco da natureza humana, se transformam, porém, mais perfeitamente à imagem de Cristo, (cfr. 2 Cor. 3,18) que Deus revela aos homens, de maneira mais viva, a Sua presença e a Sua face”.[3]

A Igreja Militante, que somos nós, que ainda estamos na caminhada em busca da “Jerusalém Celeste”. Por outro lado, através da “Liturgia da terra participamos, saboreando já, a Liturgia celeste celebrada na cidade santa de Jerusalém, para a qual, como peregrinos nos dirigimos e onde Cristo está sentado à direita de Deus, ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo; por meio dela cantamos ao Senhor um hino de glória com toda a milícia do exército celestial, esperamos ter parte e comunhão com os Santos cuja memória veneramos, e aguardamos o Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, até Ele aparecer como nossa vida e nós aparecermos com Ele na glória”[4].

E Por Fim a Igreja Padecente, que se constitui daquelas almas que assim como nós, já aqui peregrinaram, mas pela vida que levaram não puderam entrar na glória celestial, mas Deus em sua inefável misericórdia, não quis perdê-las e por isso elas passam por um tempo onde tem uma nova chance de se purificar para participarem da glória celeste, e por elas devemos rezar, para terem suas culpas expiadas. Desta forma, “Reconhecendo claramente esta comunicação de todo o Corpo místico de Cristo, a Igreja dos que ainda peregrinam, cultivou com muita piedade desde os primeiros tempos do Cristianismo a memória dos defuntos”, crendo que um dia gozaram dos prêmios celestes.[5]
* por João Antônio Lima
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Notas

[1] Conc. V. II, Constituição Lumem Gentium, nº 49, 1964
[2] Ibidem, nº 49
[3] Ibidem, nº 50
[4] Conc. V. II, Constituição Sacrosantum Concilium, nº 8, 1963
[5] Conc. V. II, Constituição Lumem Gentium, nº 50, 1964

A Catedral

Caros amigos, como é do conhecimento de todos no dia 1 de Setembro de 2009 (Solenidade de Santa Maria de Belém, padroeira de nossa cidade e de nossa Arquidiocese), a Catedral Metropolitana de Belém foi reaberta para o culto após quatro anos de intensa restauração. Na ocasião os discursos eram os mais diversos acerca da importância deste belo templo, e na maioria das vezes a principal justificativa para tal restauração era que de lá sai todo segundo domingo de outubro a procissão do Círio de Nazaré, de fato o Círio é uma manifestação de fé única e incomparável, mas acredito que por falta de conhecimento se atribua tanta importância para a Catedral só porque de lá sai o Círio, quando na realidade a importância da Catedral vai muito além de ser apenas ponto de partida desta grande procissão. Desta forma achei por bem escrever sucintamente qual a importância de uma Catedral para sua diocese e as particularidades históricas deste nosso belo templo.

Vejamos inicialmente o significado da palavra Catedral, o termo catedral vem de Cátedra (Sede) que é a cadeira de onde o bispo dirige sua diocese, as catedrais se configuram como a Igreja do bispo ou de onde o bispo governa seu rebanho “A igreja catedral é aquela em que está a cátedra do Bispo, sinal do magistério e do poder do pastor da Igreja particular, bem como sinal de unidade dos crentes naquela fé que o Bispo anuncia como pastor do rebanho”[1]. Cabe aqui destacarmos que a Igreja Catedral tem também um duplo sentido, o primeiro de natureza visível que é a de ser “imagem figurativa da Igreja visível de Cristo, que no orbe da terra ora, canta e adora; deve, conseqüentemente, ser retida como a imagem do seu Corpo místico, cujos membros estão conglutinados pela união na caridade, alimentada pelo orvalho dos dons celestes”[2], e um segundo sentido de natureza mística que é a de ser “pela majestade da sua construção, a expressão daquele templo espiritual, que é edificado no interior das almas e brilha pela magnificência da graça divina, segundo aquela sentença do apóstolo S. Paulo: ‘Vós sois o templo do Deus vivo’ (2 Cor 6,16)”.[3]

Fica evidentemente clara a natureza da catedral enquanto “igreja mãe e o centro de convergência da Igreja particular” [4], pois é dela de onde emana todas as graças apostólicas “é o lugar onde o Bispo tem a sua cátedra, a partir da qual educa e faz crescer o seu povo através da pregação, e preside as principais celebrações do ano litúrgico e dos sacramentos. Precisamente quando está sentado na sua cátedra, um Bispo apresenta-se à frente da assembléia dos fiéis como aquele que preside in loco Dei Patris... É a presença desta cátedra que constitui a igreja catedral como o centro espiritual concreto de unidade e comunhão para o presbitério diocesano e para todo o Povo santo de Deus.”[5]. Deste modo “todos devem dar a maior importância à vida litúrgica da diocese que gravita ao redor do Bispo, sobretudo na igreja catedral, convencidos de que a principal manifestação da Igreja se faz numa participação perfeita e ativa de todo o Povo santo de Deus na mesma celebração litúrgica, especialmente na mesma Eucaristia, numa única oração, ao redor do único altar a que preside o Bispo rodeado pelo presbitério e pelos ministros”. Sendo assim, a importância de uma catedral transpassa seus aspectos exteriores, como detalhes arquitetônicos ou excepcionalidades e devoções populares diversas, sua importância é ser nossa casa em comum, é ser o templo de onde emanam os conselhos de nosso pastor, é onde por excelência e com primazia se celebra a obra salvífica de Jesus Cristo.

Quanto a história de nossa Catedral dedicada em honra a Nossa Senhora da Graça, cabe destaca certos pontos: Quando da chegada dos portugueses a Belém, em 1616, construiu-se uma capela em taipa e palha no Forte do Castelo, na época conhecido como Forte do Presépio, em homenagem à Nossa Senhora das Graça. Entre 1617 e 1618, o vigário Manoel Figuera transferiu a então Igreja para a área externa, dando início à construção de alvenaria, no coração do centro histórico de Belém. Com a elevação de Belém a Sede Episcopal no ano de 1719 pelo Papa Clemente XI através da bula Copiosus in Misericordia, sentiu-se a necessidade da construção de um templo que enaltecesse e representasse tal dignidade, deste modo “Principiou a obra da Catedral em 1748 e acabou em 1771, em cujo espaço esteve parada por cinco anos. Deste a frontaria até o cruzeiro durou a construção sete anos, as torres e as partes da capela-mor seis anos, e o resto da mesma capela cinco, e por conseqüência foi dezoito anos o tempo efetivo da construção desta igreja. O retábulo do altar-mor é obra de talha aperolada com florões, vasos, grinaldas espirais de colunas torcidas ... os retábulos dos altares do Sacramento e de Nossa Senhora de Belém, são igualmente de entulho com a mesma cor do altar-mor com os adornos todos dourados. O retábulo do altar-mor tem no alto um grande painel de Nossa Senhora da Graça, obra do ínclito engenho de Pedro Alexandrino de Carvalho, os dez altares da nave também tem painéis que foram colocados no início do ano de 1779. E na Sacristia do bispo há uma capela, cujo teto é de sarapunel ricamente trabalhado”.[6]


A descrição no parágrafo acima é da decoração anterior a que temos hoje no interior de nossa catedral, cujo estilo atualmente é neoclássico e que anteriormente era barroco. Em meados e final do séc. XIX, no pastoreio de Dom Antônio de Macêdo Costa, a catedral passou por uma ampla reforma, que modificou profundamente seu interior deixando-o como o conhecemos hoje, destacando-se nesta reforma o altar-mor que foi confeccionado em Roma por Luca Carimini, sendo o Papa Pio IX e o Imperador D. Pedro II colaboradores na compra do referido altar. A pintura interna do Templo e 3 telas dos altares laterais foram trabalhadas por De Angelis. As demais telas são cópias de pintores renascentistas, destaca-se ainda a aquisição de um grande órgão da oficina Cavaillé-Coll inaugurado em 9 de Setembro de 1882. Podemos afirmar que a Catedral de Belém foi terminada na gestão de D. Vicente Joaquim Zico (1996). Com efeito, foi criado o Ossuário, a Capela das Almas, terminada a Sacristia dos Cônegos, criada a Residência Paroquial.

*por João Antônio Lima

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Notas

[1] Cerimonial dos Bispos, nº 42
[2] Ibidem, nº43
[3] Ibidem, nº43
[4]João Paulo II, Exortação Apostólica Pastores Gregis, nº 34, 2003
[5] Ibidem
[6] BAENA, Antônio Ladislau. Compêndio das Eras da Província do Pará, p.281