quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
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sábado, 2 de janeiro de 2010
Um Pouco da História de Nossa Igreja de Belém - Arcebispos

2º. DOM SANTINO MARIA DA SILVA COUTINHO (1907-1923)

3º. DOM JOÃO IRINEU JOFFLY (1924-1931)

4º. DOM ANTÔNIO DE ALMEIDA LUSTOSA (1932-1941)

5º. DOM JAIME DE BARROS CÂMARA (1942-1943)

6º DOM MÁRIO DE MIRANDA VILAS-BOAS (1944-1956)

7º. DOM ALBERTO GAUDÊNCIO RAMOS (1957-1990)

8º. DOM VICENTE JOAQUIM ZICO (1990-2004)

9º. DOM ORANI JOÃO TEMPESTA (2004-2009)

Foi o terceiro bispo da Diocese de São José do Rio Preto, no Estado de São Paulo, governando de 1º de maio de 1997 até 13 de outubro de 2004, quando foi eleito para a Arquidiocese de Belém, no Estado do Pará, assumindo seu ministério em 8 de dezembro do mesmo ano.
Ainda como Bispo de São José do Rio Preto, recebeu a missão de Administrador da Abadia Territorial de Clavaral, pertencente à Ordem Cisterciense de Casamari, em Claraval – MG, de 22 de maio de 1999 a 11 de dezembro de 2002.
Entre suas inúmeras iniciativas à frente da Igreja Particular de São José do Rio Preto, composta por 87 comunidades paroquiais, mais de 100 presbíteros e quase 1 milhão de fiéis, Dom Orani aprovou dois Planos de Pastorais com projetos que revolucionaram a caminhada da diocese como a Rede de Comunidades, o mutirão de evangelização de casa em casa. Com a finalidade de preparar presbíteros, religiosos e leigos para a ação pastoral, implantou um programa permanente de formação, como cursos, retiros e reciclagem. Em 1998, teve início o curso de Teologia, especialmente para os leigos. Em resposta às várias necessidades da diocese, criou várias pastorais, entre as quais: a dos Políticos, dos Empresários, do Menor, da Mulher Marginalizada, da Esperança e Exéquias, da Educação e Ensino Religioso, dos Casais de Segunda União, a Político Social e de Comunicação. No ano 2000, instalou a Comissão Diocesana de Bens Culturais da Igreja e criou a Comissão de Justiça e Paz, como organismo diocesano para promover e lutar em favor dos direitos humanos a partir da perspectiva ética do Evangelho. Depois de um longo tempo de preparação instalou na diocese o Diaconato Permanente e um Tribunal Eclesiástico de Primeira Instância.
A criação recorde da Diocese de Catanduva, ocorrida no dia 9 de fevereiro de 2000, deve-se em grande parte ao empenho de Dom Orani que, além de autorizar o início do processo, levou-o pessoalmente ao Vaticano. Pelo seu carisma especial de comunicador, coordenou de 1998 a 2003 o Setor de Comunicação do Regional Sul 1 (Dioceses paulistas). Exerceu a missão de Visitador Apostólico do Mosteiro de São Bento, em Olinda – PE de 2001 a 2002.
Em 2004, conquistou do Governo Federal o funcionamento de uma rádio interativa de freqüência modulada. Entre os eventos diocesanos que convocou, podemos lembrar: os 70 anos da diocese, o envio de oito mil evangelizadores para o mutirão de Evangelização de casa em casa, o Terceiro Congresso Eucarístico, as celebrações do Ano Santo Jubilar, os 150 anos de fundação da cidade de São José do Rio Preto e as comemorações do Centenário da Coroação de Nossa Senhora Aparecida. Como bispo, ordenou 30 novos presbíteros e criou 27 comunidades paroquiais, entre paróquias, quase-paróquias, reitorias, santuários diocesanos e uma do Rito Maronita. É cidadão honorário das cidades paulistas de São José do Rio Preto, Catanduva, Tanabi, Mirassolândia e Bálsamo. Desde 8 de maio de 2003 faz parte do Conselho Episcopal de Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, exercendo o cargo de presidente nacional da Comissão Episcopal para a Cultura, Educação e Comunicação Social; e também do Conselho Superior da Redevida de Televisão e do Conselho de Comunicação do Senado Federal.
Em 13 de outubro de 2004 é eleito arcebispo metropolitano de Belém–PA, tomou posse em 8 de dezembro de 2004, recebendo assim o cargo de Presidente da Fundação Nazaré de Comunicação em Belém(PA) e Presidente do Centro de Cultura e Formação Cristã em Ananindeua (PA). Em maio de 2007 foi eleito Delegado pela CNBB para a Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, realizado em Aparecida (SP).
Em 27 de fevereiro de 2009 é eleito Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro e permanece Administrador da Arquidiocese de Belém até o dia 19 de abril de 2009, onde toma posse na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.
10º. DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA

No dia 30 de Dezembro de 2009, o Santo Padre o Papa Bento XVI nomeou Dom Alberto Taveira arcebispo metropolitano de Santa Maria de Belém do Grão-Pará, em substituição a Dom Orani João Tempesta transferido para a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro em abril do mesmo ano. Sua mudança para a capital paraense acontecerá no dia 23 de março e, no dia 25, quando a Igreja celebra a anunciação do nascimento de Jesus, será realizada a cerimônia de posse. Seu lema episcopal é “Para a Vida do Mundo”.
Um Pouco da História de Nossa Igreja de Belém - Bispos
Carmelita português, nasceu a 21 de setembro de 1667. Foi nomeado em 1719 e sagrado no ano seguinte. Chegou a Belém em 1724. Ao tomar posse na igreja de São João Batista (a catedral ainda não havia sido construída), teria exclamado: "Catedral de palha, bispo de papelão". Nos anos de seu governo, residiu no convento do Carmo. Faleceu no dia 09 de abril de 1733 e foi sepultado no altar-mór da catedral, embora sua lápide mortuária encontre-se na sacristia da igreja de Santo Alexandre, onde se lê: "semel sepultus, bis mortuus". Suas principais realizações foram a instalação da Diocese e do Cabido Diocesano, em 1724, a criação da segunda paróquia de Belém, Sant'ana da Campina (1727) e a fundação do colégio dos Jesuítas, na Vigia (1731).
OBS. Após a morte de Dom Bartolomeu, o bispado ficou vacante durante 6 anos, quando foi nomeado o segundo bispo.
2º DOM FREI GUILHERME DE SÃO JOSÉ (1739-1748)
Nasceu em Lisboa, em 1686, e pertencia à Ordem de Cristo de Tomar. Sagrado em 1738, tomou posse no ano seguinte. Renunciou ao bispado e retornou a Portugal, em 1748. No seu governo, foi inaugurado o convento de Santo Antônio (1743) e iniciada a construção da Catedral (1748). O padre Gabriel Malagrida, por iniciativa particular, fundou um Seminário em Belém (fechado posteriormente).
3º DOM FREI MIGUEL DE BULHÕES (1749-1760)
O dominicano Dom Miguel de Bulhões era natural de Aveiro, Portugal, e já estava designado para Málaca, quando foi transferido para o Pará. Aqui, designou o rio Gurupi como limite entre o Pará e o Maranhão, criou a Vigararia Geral do Rio Negro, inaugurou a capela da Venerável Ordem Terceira, benzeu a Catedral, assistiu à saída dos jesuítas e franciscanos da Congregação da Beira e criou diversas paróquias, em substituição às aldeias dos missionários expulsos: Sant'ana de Igarpé-Miri, Monte Alegre, Santarém, Muaná, Boim.
4º DOM FREI JOÃO DE SÃO JOSÉ E QUEIROZ (1760-1763)
Nasceu em Matosinhos, próximo à cidade do Porto, Portugal, a 12 de agosto de 1711. Era beneditino. Veio para o Pará em 1760 e aqui passou apenas quatro anos. Criou a paróquia da Vigia e inaugurou a igreja de Sant'ana. Caiu no desagrado do governo português, devido a seus escritos críticos, e, por isso, foi desterrado para Portugal, falecendo no dia 15 de agosto de 1764 no convento de São João de Pendurada, "mosteiro triste, empinado nuns rochedos que se debruçam sobre o Douro". Suas visitas pastorais foram escritas num célebre livro prefaciado por Camilo Castelo Branco.
Obs.: Com o desterro de Dom João, o bispado ficou sede vacante durante 6 anos.
5º DOM FREI JOÃO EVANGELISTA PEREIRA (1772-1782)
Português natural de Gouvães, era membro da Ordem dos Terceiros Franciscanos Regulares. Promoveu o primeiro Sínodo do Pará (e segundo do Brasil) em 1777. Benzeu a capela-mór da nova Catedral e, no seu governo, foi erguida a ermida de Nossa Senhora de Nazaré. Faleceu em Belém no dia 14 de maio de 1782.
6º DOM FREI CAETANO BRANDÃO (1783-1789)

Nasceu na Comarca de Estarreja a 11 de setembro de 1740. Religioso da Ordem Terceira da Penitência, foi sagrado a 02 de fevereiro de1783, chegando ao Pará em outubro do mesmo ano. Governou o bispado durante cinco anos. Entre as suas obras, está a fundação e instalação do primeiro hospital da Amazônia, o "Hospital do Bom Jesus dos Pobres", depois Santa Casa de Misericórdia. Em 1788, foi transferido para a Sede Primacial de Braga, Portugal, onde faleceu a 15 de dezembro de 1805.
7º DOM MANUEL DE ALMEIDA DE CARVALHO (1794-1818)
Foi o último bispo português nomeado para Belém e o primeiro padre secular a exercer a função nessa diocese. Dom Manuel nasceu em Vizeu, Portugal, no dia lº de janeiro de 1747, e foi sagrado a 15 de agosto de 1791. Era doutor em cânones pela Universidade de Coimbra. No seu governo, criou algumas irmandades e dedicou-se ao recolhimento dos órfãos, confiou a igreja de Santo Alexandre à Irmandade da Misericórdia e criou as paróquias de Parintins e Maués, no Amazonas. Escreveu inúmeras Cartas Pastorais. Faleceu em Belém no dia 30 de junho de 1818.
8º DOM ROMUALDO DE SOUSA COELHO (1821-1841)

O primeiro paraense e um dos primeiros brasileiros a ascender ao episcopado. Era natural de Cametá, onde nasceu a 07 de fevereiro de 1762. Apresentado por Dom João VI, foi aceito para bispo pelo papa Pio VII. Sagrado a 1º de abril de 1821, governou a diocese durante 20 anos. No seu governo, enfrentou graves problemas sociais e políticos, como a Cabanagem. À época, impediu que os revolucionários incendiassem Belém. Acompanhou os anseios de libertação do povo brasileiro e, tendo proclamado a adesão do Pará à independência, presidiu a primeira Junta Governativa da Província. Propôs a criação do bispado do Amazonas e criou as paróquias de Moju, Inhangapi, Trindade e Marapanim. Faleceu santamente em Belém a 15 de fevereiro de 1841. Foi sepultado na Catedral Metropolitana de Belém.
9º DOM JOSÉ AFONSO DE MORAES TORRES (1844-1858)
Brasileiro do Rio de Janeiro, no seu governo preocupou-se principalmente com a formação do clero voltado para as questões pastorais. Fundou, para isso, seminários em Cametá, Óbidos e Manaus. Criou as paróquias de Bujaru, Breves, Andirá, Mocajuba, Carmo de Tocantins e Santo Ângelo de Tauapessaçu. Faleceu em 1865.
10º DOM ANTÔNIO DE MACEDO COSTA (1860-1890)

Indicado para o episcopado pelo paraense Dom Romualdo de Seixas, à época Arcebispo da Bahia e Primaz do Brasil, foi nomeado bispo ainda muito jovem. Baiano, fez os seus estudos na Europa, França e Itália, onde se doutorou em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Gregoriana. Chegou ao Pará a 28 de maio de 1861. O seu ministério no Pará foi marcado pela "Questão Religiosa". Foi preso e condenado a quatro anos de prisão com trabalhos forçados por crime de sedição, juntamente com Dom Vital Maria Gonçalves de Oliveira, bispo de Olinda e Recife. Nesse mesmo período, foi também preso o governador da Diocese, cônego Sebastião Borges de Castilhos. Nessa época, foi grande a campanha difamatória contra a Igreja. Anistiado, Dom Antônio voltou a Belém em 1876, continuando seu pastoreio até quando foi transferido para o Arcebispado da Bahia, com o título de Primaz do Brasil. Em Belém, para transformar a situação do clero, valorizou os seminários, melhorou sua disciplina e fortaleceu os estudos, chegando a mandar diversos seminaristas à Europa para estudos eclesiásticos. Com apenas 85 padres na diocese, criou novas paróquias: Nazaré, São Pedro do Tocantins, Curralinho, Codajás, Manicoré, Mosqueiro, São Sebastião da Boa Vista, Anajás, Fonte Boa, Remédios, Barreirinha, Bagre, Lábrea, Urucará e Humaitá. Trouxe para o Pará os Padres da Congregação do Espírito Santo, as Irmãs Dorotéias e as Filhas de Sant'ana. Consagrou a diocese ao Sagrado Coração de Jesus, promoveu o Retiro do Clero, o primeiro do Brasil, transferiu o seminário maior para o convento do Carmo, fundou o colégio Santo Antônio, sagrou dom Joaquim Gonçalves de Azevedo, bispo de Goiás e depois Primaz do Brasil. Transferido para a Bahia, faleceu em Barbacena, no dia 20 de março de 1891, antes de ocupar o sólio primacial.
11º DOM JERÔNIMO TOMÉ DA SILVA (1891-1893)
Cearense de Sobral, Dom Jerônimo Tomé da Silva passou pouco mais de dois anos em Belém, ou seja, de fevereiro de 1891 a setembro de 1893, quando foi transferido para a Arquidiocese de Salvador, na Bahia. Era doutor em Teologia, pela Pontificia Universidade Gregoriana de Roma, onde foi ordenado sacerdote (1872) e sagrado bispo (1890), pelo cardeal Rampolla. Sagrou a Catedral Metropolitana. Fato marcante do seu governo foi a criação do Bispado do Amazonas, pelo papa Leão XIII, a 27 de abril de 1892, desmembrado do Pará. Digno de nota o fato de que o primeiro bispo do Amazonas foi um sacerdote do clero paraense, Dom José Lourenço da Costa Aguiar.
12º DOM ANTÔNIO MANUEL DE CASTILHO BRANDÃO (1895 - 1901)
Alagoano, nasceu em Paulo Afonso em 1849 e foi sagrado bispo em 1894. Ao assumir a Diocese de Belém, encontrou-a submersa em dificuldades, principalmente financeira e pastoral. Para suprir as necessidades do Bispado, construiu algumas casas para a manutenção do Seminário. A seu pedido, chegaram para ajudá-lo na Diocese os Padres Agostinianos Recoletos (07.7.1899) e as Filhas de Sant'ana. No seu governo, foi fundada a Colônia do Prata, em setembro de 1898, e os Padres Agostinianos assumiram a "igrejinha" de São João Batista, na Cidade Velha. Em 1901, a pedido, foi transferido para a recém criada Diocese de Maceió.
13º DOM FRANCISCO DO RÊGO MAIA (1902-1906)
Pernambucano, foi secretário de Dom Vital Maria Gonçalves de Oliveira, em Olinda, e, posteriormente, nomeado bispo de Petrópolis. Transferido para o Pará, aqui chegou a 25 de março de 1902. Em abril de 1906, renunciou ao bispado, passando a residir em Roma até 1928, ano de sua morte. No seu governo, vieram para o Pará as Irmãs Dominicanas, que foram para Conceição do Araguaia, em 1902; em abril de 1903, chegaram os Irmãos Maristas, que assumiram a direção de um colégio no antigo Convento do Carmo; em agosto desse mesmo ano, chegaram os primeiros padres barnabitas, que assumiram a direção do Seminário de Belém; no dia 07 de outubro desse ano, chegaram as Irmãs de Santa Catarina. Em dezembro de 1904, aprovou a fundação da Congregação das Irmãs Terceiras Regulares Capuchinhas, que foram trabalhar na missão capuchinha do Prata. Pleiteou e conseguiu a criação da Prelazia de Santarém, a 21 de dezembro de 1903, desmembrada do território de Belém, cujo primeiro Bispo foi o pároco de Nazaré, Cônego Frederico Benício de Souza Costa.
Obs.: Dom Francisco do Rêgo Maia renunciou em abril de 1906, e no dia 1º de maio desse mesmo ano Belém foi elevada, pelo papa São Pio X, a Sede Arquiepiscopal, tornando-se a terceira Arquidiocese do Brasil, precedida somente de Salvador e Rio de Janeiro. Desde a renúncia de Dom Francisco à posse do segundo Arcebispo, Belém foi administrada pelo Mons. João Muniz.